sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Órbita

Preso à parede, limita-me
Observa e aprecia
Com seus ponteiros severos
Meu estado vil,
Impotência minha; subjugada.

Infinda batalha
Fuga idealizada
Do real, do sensorial.
Paredes de concreto,
Prendem-me não mais.

Meu corpo submetido,
À condição de cárcere privado
Impedimento não causa
À mente flutuante no asfalto.

Pensamentos feito pluma,
Não são aprisionados.
Sol, nuvem, estrela;
Céu aberto à desbravar.

Não mais me encontro aqui,
Liberta, sou um sopro
Acima do azul celeste, órbita;
De sonhadores habitada.

Juliana Lima.

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